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Que a música tem um poder transformador na vida das pessoas todo mundo já sabe. É através dela que é possível fazer a conexão com um grupo de pessoas ligando a cultura de uma região, por exemplo.

Comemorado no dia 22 de novembro, o Dia do Músico é uma homenagem ao profissional que impacta diretamente em uma sociedade, principalmente os professores que ensinam sobre a música, que é essa arte cheia de sentimentos, idealizações e histórias capazes de comover e transformar vidas.

“Decidi entrar na faculdade de Música”, conta Felismar

Aos 72 anos, o marabaense Felismar Rodrigues é professor da Fundação Casa da Cultura de Marabá e estudante universitário do curso de Música. Para ele, sua trajetória profissional é dividida entre antes e depois da FCCM.

“Vim aprender a dar nomenclatura para tudo o que a gente aqui da Fundação. Fui visto como um cara que sabia, mas eu não sabia falar do assunto, não conseguia passar as informações teóricas para um aluno como consigo hoje em dia”, diz o músico.

Para Felismar, a transformação foi tão avassaladora desde que colocou os pés na instituição, que ele decidiu voltar para sala de aula, não como professor, mas como aluno.

“Decidi entrar na faculdade de Música, na Uniasselvi. Achei que aprimoraria mais o meu conhecimento, me enriqueceria na música. Fiquei em dúvida, por conta da minha idade, mas decidi encarar”.

O músico, muito conhecido em Marabá, recebeu o convite da presidente Vanda Américo para participar do processo seletivo da Escola de Música Moisés Araújo. Ele relembra que Vanda o encontrou no Domani e falou sobre a prova. Após algumas insistências, Felismar aceitou. Fez a prova, a entrevista e deu certo.

“Desde então estou aqui. Foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. Vivo da música há mais de 40 anos e quero continuar na música. Mas agora meu sonho é aprender inglês e falar fluente”, revela Felismar.

“Ser músico é uma dádiva, uma bênção!”, fala Gabriel Rocha

Desde pequeno Gabriel Rocha, hoje com 36 anos, é apaixonado por música. O encanto iniciou vendo o avô e o tio-avô tocando violão. Porém, ele afirma que sua verdadeira referência musical é o mestre Zequinha. “Ele sentou comigo, me ensinou, me ajudou de verdade e, com três meses, aprendi e fui tocar na igreja”, relembra.

Após dez anos trabalhando em uma Casa Lotérica na Velha Marabá, Gabriel decidiu que viveria da música. Como já tocava em casamentos, aniversários e em bares e restaurantes de Marabá, percebeu que conseguiria se sustentar com o que ganhava.

“Pedi pra sair da Lotérica. Arrisquei. Fui muito criticado pela minha família, mas queria viver da música”, diz Gabriel que é formado em Música e atualmente cursa pós-graduação em Educação Musical Coletiva.

“O mercado marabaense pede isso, pede esse estudo. E, há um ano fui contratado pela Fundação”, orgulha-se.

Questionado sobre o que a música significa em sua vida, Gabriel admite que é difícil, mas que a música para ele é sinônimo de paz e tranquilidade. “É uma satisfação poder tocar um instrumento. Na verdade, hoje toco vários instrumentos. Ser músico é uma dádiva, uma bênção. Como sou religioso, acredito que a música vem das energias dos céus. É um canal de boa mensagem, de alegria. É poder fazer com que as pessoas se sintam bem através da música”, finaliza.

 

Texto: Ana Mangas (ASCOM/FCCM)

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