Navio literário: Cia de Artes e Biblioteca comemoram Dia do Livro de forma lúdica
27 de outubro de 2023
Futebol: FCCM é vice-campeã da Copa do Servidor
14 de novembro de 2023

Durante os dias 8, 9 e 10 de novembro de 2023 o município de Parauapebas é palco para o Congresso de Gestão do Conhecimento e da Sociobiodiversidade das Áreas Protegidas de Carajás (CGBio). Realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conversação da Biodiversidade (ICMBio), o evento é uma grande oportunidade para pensar em como gerenciar o conhecimento científico, tradicional e popular a favor da conservação da sociobiodiversidade, aliando políticas públicas que garantam um futuro saudável para esta e para as próximas gerações.

Imagem: ICMBio Carajás

E foi com base nessa perspectiva que durante a Conferência Magna, com o tema “Do local para o global: o papel da Amazônia como vetor de sustentabilidade”, que a presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, Vanda Américo, conclamou a criação de duas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) – Paleocanal do Rio Tocantins e Bico do Papagaio – que ocorre ao longo do leito do Rio Tocantins, desde a cidade de Itupiranga até a região de Buruti dos Tocantins (TO).

Com a presença do presidente do ICMBio, Mauro Pires, e do chefe do Núcleo de Gestão Integrada de Carajás, André Macedo, Vanda Américo fez o uso da palavra e ressaltou a importância da fauna e da flora da região.

“Entendemos que é chegada a hora dessa criação ou não haverá mais essa oportunidade por conta da forma galopante que estamos vendo o desmatamento e as grandes queimadas. Estamos deixando aqui, em suas mãos presidente, esse ofício. E durante esses três dias estaremos nos estandes, da Fundação e da Unifesspa, colhendo assinaturas para que vocês possam participar conosco da criação dessas APAs”, reiterou a presidente da FCCM.

Vanda relembrou ainda que há mais de meio século já se fala sobre a criação dessas unidades de conservação que possuem uma diversidade imensa de lagos, mas que atualmente só possui 305, pois os outros 700 já estão mortos. “É uma necessidade de preservação urgente”.

 

 

André Macedo, Mauro Pires, Vanda Américo e Pablo José

 

André Macedo, do NGI ICMBio Carajás, agradeceu a Vanda Américo e disse que é suspeito para falar dessas áreas porque também é marabaense e sabe da importância dessa região. “São áreas belíssimas e que merecem ser protegidas. Além da importância ambiental e ecológica, tem uma importância cultural e histórica muito grande por conta dos sítios arqueológicos e essa é uma demanda que precisamos receber com muito carinho”.

Para o geólogo da FCCM, Pablo José Leite Santos, esse momento foi um marco histórico para a região já que Vanda Américo utilizou um evento dessa magnitude para pedir ao presidente do ICMBio essa criação.

André Macedo, Alexssandra Muniz Mardegan, Mauro Pires, Raimundo Façanha e Vanda Américo

“Essa é uma forma de preservar o que já está em gravíssimo estado de degradação, além de trazer o ICMBio para dentro de Marabá e não fiquem só em Carajás. Que eles possam começar a atuar e ajudar na conservação do meio ambiente e na agricultura de base familiar com as populações que vivem no entorno. A proposta visa a criação de APAs que são unidades de conservação de uso sustentável, isso porque já existe muita gente ocupando essas áreas. E a ideia não é retira-las de suas terras, mas sim que a gestão do território seja feita de modo integrado com essas comunidades”, explica o geólogo..

A FCCM está participando do CGBio com um estande e mostrando os trabalhos socioambientais desenvolvidos pela instituição.

 

Texto e Fotos: Ana Mangas (ASCOM/FCCM)

Comments are closed.

Pular para a barra de ferramentas