Abertura da exposição “Encantos da Amazônia” acontece nesta quinta, 13, no Museu Municipal
12 de abril de 2023
II Giro Cultural no Museu vai movimentar Marabá por três dias
24 de abril de 2023

O dia 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, é marcado pela importância de se lembrar da diversidade cultural dos povos originários.

Para a etnóloga da Fundação Casa da Cultura de Marabá, Mirtes Emília, é preciso pensar no dia 19 de abril com bastante lucidez e, claro, entender que essa data é para que indígenas e não indígenas relembrem das lutas travadas nos mais de 500 anos do Brasil.

“São lutas e resistências que perduram de geração em geração, buscando melhoria na qualidade de vida de seu povo e respeito à diversidade e pluralidade das muitas etnias existentes em nosso país”, diz Mirtes, ressaltando sua reverência às comunidades indígenas parceiras da FCCM através do projeto Reviver que foi implementado para ajuda-los.

Com mudas de castanha-do-pará e outras essências, como cupuaçu, cacau, açaí, buriti, mogno, taturubá, os indígenas podem recompor o bioma da região e fortalecer sua economia. “Gostaríamos de fazer mais coisas, mas não temos forças de Governo para executar. Nós estamos lutando e ajudando como podemos. O Reviver é cercado de um corpo técnico capacitado como biólogos, geólogos e etnóloga, que atuam diretamente com o trabalho de replantio das mudas. Também realizamos audiências públicas para ouvir suas demandas e tentar resolver, disse Vanda Américo, presidente da FCCM.

Vanda Américo e a promotora, Josélia Barros, em uma das ações do Projeto Reviver

A Casa da Cultura de Marabá possui uma relação de admiração e profundo respeito com o jeito de ser das comunidades onde atua, e entende que, assim como os demais sujeitos mundo afora estão em constante mudanças, os sujeitos indígenas também buscam mudanças, para aprender e sobreviver aos dias atuais.

“Entendemos que o indígena de hoje é um cidadão do mundo, um sujeito que frequenta as universidades e que assume os variados cargos/postos de suas aldeias. Esse é o cidadão indígena dos tempos atuais. Precisamos esquecer o antigo estereótipo daquele indígena dos antigos livros de história, e percebe-lo como sujeito do presente, que interage com questões políticas e econômicas da sociedade atual, por exemplo. Há de se aceitar a diversidade indígena brasileira, amazônica e paraense, e sua participação importante na composição da identidade brasileira”, finaliza Mirtes.

“O indígena de hoje é um cidadão do mundo, um sujeito que frequenta as universidades e que assume os variados cargos”, diz Mirtes Emília

SALA DE ETNOLOGIA

O Museu Municipal Francisco Coelho conta com sala diversas salas que encantam os visitantes, entre elas, a de etnologia, que possui um holograma de um indígena, em uma imagem tridimensional obtida a partir da projeção de luz sobre figuras bidimensionais.

Sala de Etnologia no Museu Municipal traz objetos e informações sobre os povos originários da região – Foto: Wellington Mota (MMFC)

 

TEXTO: Ana Mangas (ASCOM/FCCM)

Comments are closed.

Pular para a barra de ferramentas