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No segundo dia da 17ª edição da Primavera dos Museus, o Museu Municipal Francisco Coelho realizou uma roda de conversa com o tema “Ancestralidade e memória: por uma museologia indígena”. À frente do bate papo que aconteceu na tarde de quarta-feira, 21, a professora Concita Sompré, e o antropólogo Estevão Ribeiro, trouxeram reflexões sobre a diversidade sociocultural e sobre a responsabilidade de garantir o protagonismo necessário para esses povos que historicamente foram separados e colocados à margem do que se considera um lugar primordialmente de cultura.

“Os indígenas e os negros, por exemplo, não têm condições de estar em um espaço como esse. Então, trazer uma voz para cá é dar uma oportunidade ímpar, e muito rica, para aquelas pessoas que só nos conhecem pelos estereótipos ou pelas redes sociais. É importante ouvir, dialogar e conhecer. Este é um grande desafio, ouvir e ter empatia pela causa do outro”, disse Concita Sompré.

Para o antropólogo, Estevão Ribeiro, a roda de conversa tem uma proposta primordial de criar um espaço democrático de relação com os povos indígenas e não apenas com a diversidade.

“Acho que o Museu e todos nós quanto brancos e não indígenas temos a responsabilidade de criar espaços e debater o que deve entrar no museu e quais são as demandas que o povo tem para pensar sua própria história. Precisamos pensar em um museu enquanto um lugar de cultura. O Museu tem essa potência de garantir a diversidade para esse diálogo acontecer”, afirma Estevão.

A 17ª Primavera dos Museus acontece no Museu Municipal Francisco Coelho com programação até domingo, 24.

 

Texto: Ana Mangas (ASCOM/FCCM)

Fotos: João Victor (ASCOM/FCCM)

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